quarta-feira, 11 de novembro de 2009

São Paulo não é cinza

São Paulo tem todas as cores do mundo que a gente precisa, esta acordada 24 horas por dia quando não conseguimos dormir, suas luzes nunca se apagam, nem que seja aquele barzinho do lado da sua casa. São Paulo é como um álbum, um álbum enorme de fotografias, malucas, bonitas, melancólicas, coloridas, mal acabadas e muitas vezes tiradas com pressa, justamente para que o mistério da cidade continue. Mas, qual é a cor de São Paulo? Todas menos cinza. É vermelha quando o trânsito para. Verde quando no meio da louca correria aparece um tempo para respirar. Azul neon para matar a fome no meio da madrugada. Ah, as luzes de neon, são fundamentais para a noite paulista, cheia de festas, animação é o que não falta.

No meio de todas essas cores, quem sabe eu goste mesmo é de São Paulo em preto e branco, chique, desafiadora, misteriosa, um clássico, assim como eu. E além de tudo, o que eu mais gosto é que nada aqui é obvio, o cara de terno é surfista profissional, o taxista é poeta, o garimpeiro é tenor, a pedinte do farol é dançarina. Se bem que aqui as coisas parecem em ordem, justamente porque a cidade esta toda misturada, mexida, reinventada o tempo todo.

Aqui não tem espaço, e o que me agrada disso? É saber que quando o conquista, por menor que seja, o mérito foi seu. Aqui é a cidade dos sonhos realizados, dos sonhos destruídos, a cidade das oportunidades, dos acasos, das paixões. São Paulo é uma cidade apaixonante e eu, eu não a trocaria por nenhuma outra.

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