domingo, 15 de novembro de 2009

Espero que ela se arrependa, se arrependa de tudo que me fala.

Espero que quando chegue o dia que ela tanto me fala que espera, ela sinta minha falta, ela veja o quanto estava errada esse tempo todo.

Mas, espero também que antes que desse dia chegar, ela volte atrás, ela queira ter uma convivência sem brigas, sem mágoas.

Chega de atirar pra todos os lados, chega de berros, de gritos, de tapas, de dor. Se não for pra ser ao contrario, simplesmente não vai mais ser.

Penso todos os dias em ir ver meu pai e não voltar mais, sem explicações, sem despedidas. Imagino quais seriam meus problemas, se não tivesse os que tenho com você, quais seriam minhas dores, se não sentisse as que você me proporciona. Me pergunto se teria essa vontade de acabar de uma vez com toda com essa vida miserável que levo ao seu lado na maioria dos meus dias, mesmo que pra isso, tenha que acabar comigo mesma.

Você não entende, acha que é bobagem, drama de adolescente, mas você sabe, sabe por tudo o que passei, que tive que cuidar de você, não deixei minhas mágoas em primeiro lugar, pensei só no seu bem estar, pensei em nós.

Espero que no futuro, eu seja sim uma mãe como você é, apesar de tudo isso, toda a dor e todas as feriadas, você lutou por mim, enfrentou seus maiores medos, suas maiores dores por mim, se superou e se levantou a cada dia por mim e me proporcionou dias felizes, risadas, sorrisos, alegrias, conselhos e o que uma mãe normal dá e recebe de uma filha. Obrigada, mãe.

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