domingo, 15 de novembro de 2009

Espero que ela se arrependa, se arrependa de tudo que me fala.

Espero que quando chegue o dia que ela tanto me fala que espera, ela sinta minha falta, ela veja o quanto estava errada esse tempo todo.

Mas, espero também que antes que desse dia chegar, ela volte atrás, ela queira ter uma convivência sem brigas, sem mágoas.

Chega de atirar pra todos os lados, chega de berros, de gritos, de tapas, de dor. Se não for pra ser ao contrario, simplesmente não vai mais ser.

Penso todos os dias em ir ver meu pai e não voltar mais, sem explicações, sem despedidas. Imagino quais seriam meus problemas, se não tivesse os que tenho com você, quais seriam minhas dores, se não sentisse as que você me proporciona. Me pergunto se teria essa vontade de acabar de uma vez com toda com essa vida miserável que levo ao seu lado na maioria dos meus dias, mesmo que pra isso, tenha que acabar comigo mesma.

Você não entende, acha que é bobagem, drama de adolescente, mas você sabe, sabe por tudo o que passei, que tive que cuidar de você, não deixei minhas mágoas em primeiro lugar, pensei só no seu bem estar, pensei em nós.

Espero que no futuro, eu seja sim uma mãe como você é, apesar de tudo isso, toda a dor e todas as feriadas, você lutou por mim, enfrentou seus maiores medos, suas maiores dores por mim, se superou e se levantou a cada dia por mim e me proporcionou dias felizes, risadas, sorrisos, alegrias, conselhos e o que uma mãe normal dá e recebe de uma filha. Obrigada, mãe.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Amor? Sei lá.

Quando alguém se machuca uma vez, não quer mais arriscar, pra que dar mais chances ao amor? É um sentimento idiota, praticado por gente idiota. Um amor já conseguiu partir meu coração ao meio e dois anos depois ele ainda não se recompôs.

Foi meu primeiro amor, talvez o único até hoje. Comecei a depender dele de uma hora pra outra, comecei a amá-lo como nunca tinha amado ninguém, não conseguia mais tirar ele da minha cabeça, nem por um segundo. Amar ele era como um vicio, como uma batalha em que eu nunca conseguia vencer. Por ele, eu tinha que arriscar tantas coisas, mas valia à pena.

Pode-se dizer que ele era meu príncipe encantado, aquele que antes mesmo de me conhecer já esperava por mim, aquele que me buscou em cima de um cavalo branco e que me deu o mundo, mas também me fez perdê-lo.

Hoje, percebo que aquele amor daquela menininha que eu era, não existe mais, quer dizer, nem o amor, nem ela. Hoje ela é quase uma mulher, cresceu, amadureceu e percebeu que aquele príncipe encantado só passa mesmo de um filho da puta. E quer saber? Já amei muito depois dele.

Sendo assim, eu chego a conclusão de que príncipes encantados não existem, nem o homem certo. O homem certo é aquele que faz tudo direitinho, faz o que você pedir, não acha defeito nenhum em você, tudo o que você fala é sempre lindo e de total coerência. Bom mesmo é o homem errado, aquele que te faz querer sempre mais, que te faz perder a cabeça, perder á hora, te faz fazer loucuras e morrer de amor. Te faz ter ciúmes, te faz sofrer de saudades e quando vocês se encontram, a entrega é muito mais verdadeira. E finais felizes não existem, por mais que ele te ame, sempre aparece uma princesa de outro reino mais bonita, mais simpática, mais gostosa e lá se vai seu tão desejado “happy ending”.

São Paulo não é cinza

São Paulo tem todas as cores do mundo que a gente precisa, esta acordada 24 horas por dia quando não conseguimos dormir, suas luzes nunca se apagam, nem que seja aquele barzinho do lado da sua casa. São Paulo é como um álbum, um álbum enorme de fotografias, malucas, bonitas, melancólicas, coloridas, mal acabadas e muitas vezes tiradas com pressa, justamente para que o mistério da cidade continue. Mas, qual é a cor de São Paulo? Todas menos cinza. É vermelha quando o trânsito para. Verde quando no meio da louca correria aparece um tempo para respirar. Azul neon para matar a fome no meio da madrugada. Ah, as luzes de neon, são fundamentais para a noite paulista, cheia de festas, animação é o que não falta.

No meio de todas essas cores, quem sabe eu goste mesmo é de São Paulo em preto e branco, chique, desafiadora, misteriosa, um clássico, assim como eu. E além de tudo, o que eu mais gosto é que nada aqui é obvio, o cara de terno é surfista profissional, o taxista é poeta, o garimpeiro é tenor, a pedinte do farol é dançarina. Se bem que aqui as coisas parecem em ordem, justamente porque a cidade esta toda misturada, mexida, reinventada o tempo todo.

Aqui não tem espaço, e o que me agrada disso? É saber que quando o conquista, por menor que seja, o mérito foi seu. Aqui é a cidade dos sonhos realizados, dos sonhos destruídos, a cidade das oportunidades, dos acasos, das paixões. São Paulo é uma cidade apaixonante e eu, eu não a trocaria por nenhuma outra.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Primavera e Verão

Para ficar com uma mulher o homem precisa ser muito corajoso ou muito doido, porque a mulher sempre sabe com quem ela esta, o homem não, o homem pode entrar na igreja com a Christina Aguilera e sair de mãos dadas com a Lady GaGa, deitar na cama com a Madonna e acordar com a Susan Boyle, ter filhos com a Angelina Jolie e descobrir que quem cuida dos moleques é a Amy Winehouse, afinal nenhuma mulher desconhecida ou famosa é previsível, nem pro bem, nem pro mal, cada uma de nós tem um pouco de todas, mulher não é feita pra se entender, é feita pra se amar, mesmo quando isso parece com uma missão impossível .

Em São Paulo,por exemplo, chove, venta, faz frio e um calor do cão, tudo isso em um único dia, um tempo tão doido que vou até confessar, parece mulher, a gente aterroriza quando provoca tempestades, enchentes, aquecimento global, deve ser por isso que os furacões costumam ter nome de mulher, mas a gente também ilumina e colore o mundo. Nós mulheres e o mundo, somos assim, temos os nossos momentos de inverno e outono, mas sempre voltamos a ser primavera e verão.

Pré, Durante e Pós

Ah, que saudades de escrever! Minha inspiração andou meio afastada por um tempo, eu andei pra baixo, sem auto-estima, sem querer levantar da cama de manhã, e o porquê não sabia. Só depois de algum tempo que veio a resposta: TPM! Ah, a depressão pré-menstrual finalmente apareceu pra mim. E a raiva durante a menstruação? Deus nos acuda! O lixo que você se sente na pós-menstruação me afeta também. Já passei sábados em casa por causa da maldita cólica.

Existem os 5 estágios da TPM. A raiva é o primeiro, droga! Isso acontece todo mês, parece uma praga, uma maldição, ai que vontade louca de jogar tudo pela janela, bater em quem ousar atravessar o meu caminho, chutar cada pedra que encontro pela frente, socar as paredes, eu não mereço ter TPM. O segundo é a negação, eu não tenho TPM, eu sou totalmente equilibrada, calma, completa, bonita, simpática, eu nunca mais vou ter TPM. O terceiro é a barganha, eu não fiz nada pra merecer isso, eu não aceito ter cólica pré-menstrual, insônia, dor de cabeça e essas mudanças bruscas de humor, eu não mereço. O quarto é depressão, eu sou um lixo, eu não presto pra nada, eu sou uma mulher de quinta. E o quinto e último estágio é a aceitação, eu mereço ter TPM, eu não posso fazer nada, a TPM possuiu meu corpo.